Confirmando a previsão de especialistas e a expectativa do mercado, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu a taxa Selic em 0,75%, levando a taxa básica de juros de nossa economia para 12,25% ao ano. O controle da inflação, que tem projeção de fechar o ano abaixo do centro da meta, foi um dos fatores que pesou na decisão do Copom. É fato que a atividade econômica está em recuperação lenta, o desemprego ainda é significativo e os juros de maneira geral e na prática não entraram em ritmo de queda, mas a redução da taxa Selic é um bom sinalizador de um cenário mais animador. O consumidor, da mesma forma, não sente imediatamente os reflexos da redução dos juros, mas a tendência é de que os bancos acompanhem o ritmo da taxa menor e comecem a redução das taxas para pessoas físicas e jurídicas. Mesmo tendo consciência que a recessão ajuda a segurar os preços, precisamos ter a percepção que a retomada da confiança ajuda não somente o equilíbrio financeiro, mas todos os setores da economia. O desafio do Brasil daqui para a frente é voltar a crescer, a investir, a consumir. Para o varejo, o sinal evidente de queda constante da taxa Selic até chegar a um dígito também é interessante, pois dá esperança de que as próximas datas comemorativas tenham obtenham melhores resultados do que os apresentados nestes últimos e difíceis anos.