O presidente da CDL Abelardo Luz, Cesar Almeida, integrou uma reunião com a Celesc sobre a construção de uma subestação de energia no município. A subestação foi reivindicada por ele e um grupo de lideranças e empresários dos municípios de Abelardo Luz e Ipuaçu em encontro com o diretor de distribuição da companhia, James Alberto Giacomazzi na quinta-feira, 23 de março, no Escritório Regional da Celesc, em Chapecó.
“Essa reunião teve o intuito de tentar unir todos os geradores de energia com os principais consumidores da região de Abelardo Luz. Com os dados que serão nos enviados, vamos analisar e fazer um estudo, vendo a possibilidade, de talvez, fazer uma subestação em Abelardo Luz antes do tempo previsto no planejamento da Celesc”, afirmou James.
Segundo o diretor, a Celesc tem previsão de implantação de uma subestação na região somente em 2022, mas pode ser antecipada, dependendo da necessidade econômica. “A gente tem visto o crescimento da carga, mas esse planejamento depende de recursos que estão sendo buscados junto ao BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento). Dentro das necessidades, o que o governador sempre pede para a Celesc fazer sempre o possível para deixar as empresas em Santa Catarina, gerando emprego”, destacou.
A reunião contou também com a presença do vice-prefeito de Abelardo Luz, Cleomar Finger; do presidente do Conselho da Associação dos Produtores de Energia Elétrica de Santa Catarina (APESC), Norimar Fracasso; do empresário e investidor no ramo de energia, Ivan Gilioli; do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Abelardo Luz, Valdecir Bertan; além de representantes das empresas Aurora e GTB Foods, entre outras autoridades.
SUBESTAÇÃO
Segundos os empresários, a implantação da subestação de Abelardo Luz resolveria o problema da falta de energia elétrica, que é antigo na região, podendo, assim, atender, em especial, a demanda de grandes empresas do ramo frigorífico, como a Aurora de Abelardo Luz e GTB Foods de Ipuaçu. Ambas as empresas estão com dificuldades de ampliar a capacidade produtiva por não disporem de energia elétrica suficiente.
Para alimentar a subestação, a ideia é aproveitar a produção de aproximadamente 100 megawatts, que será gerado a partir da construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), que estão sendo viabilizadas pela iniciativa privada na bacia do Rio Chapecó, evitando que a mesma seja destinada a subestação de Clevelândia, no estado Paraná.
Segundo o empresário Ivan Gillioli, estão em processo de homologação pelo menos sete unidades geradoras na região, potencial que seria totalmente aproveitado. Entre elas estão a PCH Prainha, com capacidade de produzir 13 megawatts; PCH Mangueira de Pedra, com 12 MW; PCH Aparecida, com 7,30 MW; PHC Araçá, com 3,10 MW; PCH Criciúma, com 6,45 MW; PCH Barreiros, com 22,10 MW; e PCH Santa Rosa, com 10 MW.
De acordo com o engenheiro eletricista da Aurora, José Wolschick Júnior, a atual demanda de energia na unidade de Abelardo Luz não permite que a empresa possa ampliar sua capacidade de produção no município. Segundo ele, é necessário no “mínimo de 5.100KW, podendo chegar a 7.000KW, dependendo do mix de produtos a serem fabricados nesta unidade”.