Profissionais de empresas e estabelecimentos comerciais que trabalham com máquinas de cartão de débito e crédito precisam ficar atentos para não cair em fraudes. A CDL Blumenau foi informada por uma funcionária de uma empresa associada à entidade sobre a tentativa de golpe que ocorreu com ela. De acordo com a profissional, que há nove anos trabalha com vendas de roupa em uma grande loja e preferiu não ter o nome divulgado, por pouco ela não foi uma vítima, pois os golpistas são bastante articulados. Confira o relato:
“Nesta segunda-feira, 8 de janeiro, à tarde eu recebi a ligação de uma pessoa que se identificou como Ivan Ribeiro. Ele dizia ser funcionário de uma empresa de cartão com a qual trabalhamos. Ele informou que a ligação estava sendo gravada e pediu para anotar o número do protocolo. Em seguida, disse que ocorreu um problema na central e, por isso, os dados das últimas compras não ficaram registrados. Sendo assim, ele pediu que eu verificasse quais compras foram feitas com cartão das últimas horas e informasse o número do cartão do cliente, além do código verificador e do valor da compra. Ele pediu para eu anotar esses dados, pois me ligaria mais tarde para fazer a conferência.
Cerca de duas horas depois o suposto técnico retornou a ligação, disse que o sistema já havia voltado a funcionar e solicitou os dados para inserir no sistema. Mas eu achei muito estranho, pois em situações assim o técnico age remotamente. Então, perguntei como ele faria essa inserção no sistema. Foi nessa hora que percebi que tinha algo errado, pois ele não soube responder com clareza. Não repassei nenhum dado e informei minha equipe.”
É preciso muito cuidado, pois esses golpistas estão ficando cada vez mais profissionais. Se fosse uma pessoa com menos experiência na função, provavelmente teria caído no golpe”, conta a profissional de vendas.
Dica
A CDL Blumenau orienta que os funcionários, independentemente do cargo, fiquem muito atentos, principalmente ao repassar informações, seja da empresa ou de clientes, e ao realizar pagamentos. O presidente da CDL Blumenau, Helio Roncaglio, explica que, em caso de suspeita, a orientação é que a pessoa solicite o telefone de contato do possível golpista e informe que retornará à ligação em breve. “Assim é possível checar a informação com outro funcionário ou até mesmo com outra empresa. Além disso, se for o caso, é possível fazer uma verificação do contato repassado”, explica o presidente.