O comerciante, historicamente, é um otimista. Abre a loja todos os dias sem saber se os clientes virão. Investe em marketing e propaganda, faz promoções, pesquisa tendências e inovações. Trabalha duro, enfim. Mas nem assim sabe se terá resultados compensadores. Os últimos anos foram difíceis e o varejo foi muito sacrificado. Porém – e felizmente – temos motivos para sorrir na virada do ano. Indicadores estratégicos justificam nosso (ainda tímido) otimismo. O setor de embalagens é uma referência bastante fidedigna, pois não há produto que prescinda do papel, plásticos ou similares. No início do ano, a previsão da Associação Brasileira de Embalagem era a de crescer 2,96%. Todavia, no mês de novembro, alguns segmentos, caso dos bens duráveis (alto valor agregado), representavam 6% de melhora no desempenho, se comparados a 2017. A venda de caminhões, cuja função é de transportar produtos para consumo ou matérias-primas para a transformação, fechará o ano com crescimento de quase 15%. A FCDL/SC verificou a expansão na oferta de emprego, no gasto per capita das compras de Natal e a redução da inadimplência. Outras pesquisas indicam aumento na confiança – tanto do consumidor quanto do empresário. Mas é claro: ninguém apertou um botão e o Brasil melhorou. Ainda estamos voltando ao patamar anterior à crise. Este ano fomos gravemente prejudicados pela greve dos caminhoneiros e, em Santa Catarina, tivemos problemas sérios no agronegócio, um dos principais pilares de nossa economia. O que vale: estamos retomando o caminho do crescimento e esse caminho será percorrido mais rapidamente se houver juízo na classe política e as reformas sejam votadas, além da solução nas contas públicas. Os comerciantes e empresários em geral prosseguirão fazendo a sua parte – gerando empregos e riquezas e participando de suas comunidades, contribuindo para um país mais rico, justo e sustentável. E, neste final de ano, voltando a sorrir.